Descobrindo-se portador da Doença de Parkinson
No Brasil, cerca de 3% da população é portadora da Doença de Parkinson. Com o aumento da expectativa de vida da população, a presença de doenças crônicas, progressivas e degenerativas se torna cada vez mais presente em nossa sociedade. Principalmente entre a população idosa (acima de 65 anos).
Não há dúvidas de que descobrir-se portador de uma doença neurodegenerativa, como a Doença de Parkinson, seja uma fase difícil. Muitas vezes pode ser um susto, um momento inesperado, cheio de dúvidas e incertezas. Devido ao início dos sintomas e a progressão da doença, surge a necessidade do apoio de profissionais da saúde, familiares e cuidadores nesta jornada.
Apesar da Doença de Parkinson não possuir cura, muitas estratégias podem ser adotadas visando priorizar a qualidade de vida do paciente. Medicações, cirurgias, e outras terapias podem ser utilizadas para auxiliar no controle dos sintomas, na autonomia e na manutenção do equilíbrio físico e psicológico.
A procura de um profissional especializado deve ser um dos primeiros passos nesse momento, pois a Doença de Parkinson possui tratamento individualizado, em que cada paciente responde de uma forma específica. Estratégias diferentes devem ser construídas para que o portador tenha os melhores resultados possíveis.
Convivendo com a Doença de Parkinson
Os grupos de apoio possuem um importante papel na vida do paciente com Doença de Parkinson. Eles são mantidos por pessoas com interesses em comum: pacientes, familiares e cuidadores. A troca de experiências ajuda a lidar com cada novo desafio. É uma comunidade que gera um impacto positivo na vida dos envolvidos, mostrando que o paciente não se encontra sozinho nesta jornada.
Deve haver mudanças nos hábitos do dia a dia: medicação sempre nos horários corretos e exercícios físicos são importantes. O respeito consigo mesmo deve ser cultivado, entendendo suas próprias limitações e o que pode ou não ser realizado com autonomia. Fisioterapia, ginástica, musicoterapia e fonoaudiologia são terapias que fazem muito bem quando inseridas na vida do paciente.
A presença e o apoio da família são essenciais para o enfrentamento da Doença de Parkinson. É através dela que a aceitação, organização e adaptação à doença conseguem ser alcançadas por um caminho mais leve e fácil de percorrer. Ter pessoas próximas com quem seja possível compartilhar suas experiências, dores, receios e conquistas diárias, é importante para construir um ambiente confortável e com estabilidade emocional para lidar com a Doença de Parkinson.
O diagnóstico gera uma série de mudanças na vida do portador e da família como um todo. Mas com a participação de profissionais da saúde, familiares e grupos de apoio é possível lidar de maneira menos turbulenta com esta nova etapa. Entendendo a situação e enxergando caminhos para lidar com ela.
Portanto, após o diagnóstico, é preciso buscar ajuda e manter consultas regulares ao médico visando um acompanhamento adequado e eficiente.
Referências:
- Peternella, Fabiana Magalhães Navarro e Marcon, Sonia Silva. Descobrindo a Doença de Parkinson: impacto para o parkinsoniano e seu familiar. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2009, v. 62, n. 1, pp. 25-31. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0034-71672009000100004> Acesso em: 22 de março de 2022
- Gonçalves, Lucia Hisako Takase, Alvarez, Angela Maria e Arruda, Micheli Coral. Pacientes portadores da doença de Parkinson: significado de suas vivências. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2007, v. 20, n. 1, pp. 62-68. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000100011> Acesso em: 22 de março de 2022
Por: Movimento
Parkinson