Os pacientes com Doença de Parkinson apresentam alguns sintomas característicos como a  bradicinesia (lentidão dos movimentos), tremores, rigidez muscular, alterações na marcha, na fala, entre outros. Porém, pesquisas recentes indicam que, entre homens e mulheres, há algumas diferenças em como a doença se manifesta.

Qual grupo é mais afetado?

A Doença de Parkinson afeta milhares de pessoas no mundo e é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, ficando atrás apenas da Doença de Alzheimer. Os homens são os mais afetados pela Doença de Parkinson. Apesar da manifestação dos sintomas em mulheres demorar mais que em homens, a mortalidade é maior em mulheres e a velocidade de progressão da doença também. Quando diagnosticadas com Doença de Parkinson com demência, as mulheres possuem menor expectativa de vida que homens na mesma condição.

Diferenças na manifestação dos sintomas entre homens e mulheres

Como o diagnóstico da Doença de Parkinson é realizado baseado na presença dos sintomas motores, entender quais as diferenças que ocorrem entre homens e mulheres é fundamental. Em mulheres, os tremores costumam ser os primeiros sintomas, a rigidez muscular é reduzida e elas possuem maior propensão a quedas. Já os homens, apresentam congelamento da marcha com a progressão da doença e possuem maior risco de apresentar flexões da postura (camptocormia).

Sintomas como fadiga, depressão, pernas inquietas, constipação, dor e perda do olfato ou paladar também são mais comuns em mulheres, assim como a dificuldade em engolir (disfagia).

Já os homens, possuem maior associação em relação ao declínio cognitivo em estádios avançados da doença, com maior déficit em habilidades que demandam atenção e memória. 

Distúrbios do sono também são comuns em pacientes com Doença de Parkinson e durante muito tempo foram associados aos homens. Porém, atualmente não há diferença no perfil clínico desses distúrbios. O que ocorre é que as mulheres são menos propensas a procurar ajuda médica, pois apresentam distúrbios menos agressivos e prejudiciais que os homens.

Se tiver dúvidas, busque ajuda médica

A manifestação da Doença de Parkinson possui algumas diferenças entre homens e mulheres. Apesar do mesmo diagnóstico, esses grupos vivenciam experiências e histórias distintas. A Doença de Parkinson não tem cura, mas possui tratamento para auxiliar na jornada e buscar uma melhor qualidade de vida. Se houver suspeita dos sintomas da doença, procure um profissional de saúde especializado para te auxiliar.

No Movimento ParkinsON disseminamos conteúdos e informações para auxiliar a jornada de todos os envolvidos, seja paciente, familiares, amigos, cuidadores ou profissionais da saúde. Confira nossos conteúdos.

Referências:

1. Cerri, Silvia et al. “Parkinson's Disease in Women and Men: What's the Difference?.” Journal of Parkinson's disease vol. 9,3 (2019): 501-515. Disponível em https://doi.org/10.3233/jpd-191683 Acesso em: 20 de junho de 2022
2. Fonoff, E. Parkinson e as diferenças entre gêneros, Dr. Erich Fonoff. Disponível em: https://www.erichfonoff.com.br/parkinson-e-as-diferencas-entre-generos Acesso em: 20 de junho de 2022