A alimentação do paciente com Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa que afeta principalmente a população idosa. Como a maioria das doenças, a Doença de Parkinson influencia e é influenciada diretamente pela alimentação do paciente, que deve ser adaptada para promover o bem-estar e melhorar a sua condição de saúde.
Qual a dieta que o paciente com Doença de Parkinson deve seguir?
Não existe apenas uma dieta, ou um plano alimentar específico para pacientes com Doença de Parkinson. No geral, recomenda-se seguir uma dieta balanceada, com grande oferta de frutas, legumes e verduras, evitando a ingestão de ultraprocessados, gorduras saturadas e o consumo excessivo de açúcar e sódio.
O principal objetivo ao desenvolver um plano alimentar para o paciente com Doença de Parkinson é desenvolver estratégias alimentares que possam ajudar com sintomas e consequências desenvolvidas pela condição ou pelo uso de medicamentos.
Os principais costumam ser:
- Perda de peso e desnutrição: causada pelo aumento do gasto energético, resultado da movimentação intensa (tremores, rigidez muscular);
- Dificuldade de mastigação e deglutição;
- Constipação.
Adequar e ajustar a alimentação do paciente pode reverter esse quadro, além de prevenir futuras complicações. No geral, o plano alimentar inclui consumo de proteínas no horário do jantar, aumento da ingestão de fibras e água (para ajudar no fluxo do trato intestinal), consumo de alimentos com alto aporte energético (como carboidratos complexos), ingestão de alimentos ricos em antioxidante, ferro e cálcio. Além disso, caso o paciente apresente dificuldade de deglutição, pode-se recomendar a ingestão de alimentos mais pastosos e macios, evitando, por exemplo, carnes duras.
Pesquisas indicam que óleo de peixe e ômega 3 podem ajudar a diminuir a progressão da Doença de Parkinson, diminuindo a inflamação dos nervos, aumentando a neurotransmissão e diminuindo a neurodegeneração.
O tratamento e manejo da Doença de Parkinson é feito, além da medicação, através da mudança de hábitos e estilo de vida, e isso inclui a alimentação. Cada paciente apresenta um quadro único e a alimentação deve ser pensada para oferecer a ele uma melhor qualidade de vida, tratando e diminuindo os sintomas e efeitos colaterais apresentados.
Existe uma infinidade de cardápios que podem ser seguidos, sem limitar as opções e refeições.
Para recomendações direcionadas de cardápio ou suplementação procure sempre um médico ou nutricionista.
Referências:
- ARRUDA, Nívola B.M et al. Estado nutricional de idosos com doença de Parkinson e seus fatores associados: uma revisão integrativa. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. 2020;23(5):e200254.
- MEDICAL NEWS TODAY. Parkinson’s Diet : What to know., 2021. Disponível em <https://www.medicalnewstoday.com/articles/parkinsons-diet> Acesso em: 24/08/2021
- RODRIGUES, Maria Amália ; CECHELLA, Marília. A Alimentação na Doença de Parkinson. Disciplinarum Scientia. Série : Ciên. Biol. e da Saúde, Santa Maria, v.3, n.1, p. 13-22, 2002.
- STANFORD MEDICINE. Nutrition in PD, 2020. Disponível em: <https://med.stanford.edu/parkinsons/treating-PD/nutrition.html > Acesso em : 24/08/2021
- WEBMD. Eating Right With Parkinson’s Disease, Out/2019. Disponível em: <https://www.webmd.com/parkinsons-disease/guide/eating-right-parkinsons> Acesso em : 24/08/2021
Por: Movimento
Parkinson