Dia mundial da conscientização da Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson afeta cerca de 3% da população brasileira, e dados da OMS estimam que 1% da população mundial acima dos 65 anos sofra com a doença.
Apesar de não ser uma doença rara, nem muito desconhecida, existem muitas dúvidas, medos e incertezas relacionados à Doença de Parkinson, tanto para o paciente, quanto para os familiares. Sem falar em outras questões de impactos igualmente importantes como constrangimento e até mesmo preconceitos por falta de informação sobre a doença, os sintomas e tratamentos.
Pensando nisso, desde de 1988 a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o dia 11 de abril como o Dia Mundial De Conscientização da Doença de Parkinson, visando levar mais informação e conhecimento para esclarecer a doença e as possibilidades de tratamento, oferecendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes e seus familiares.
O primeiro caso de Doença de Parkinson foi identificado em 1817 (há 203 anos) por James Parkinson, que, na época, descreveu os sintomas como Paralisia Agitante. A data escolhida para o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, refere-se ao nascimento de James Parkinson (11/04).
A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa crônica que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC), comprometendo os movimentos do paciente e caracteriza-se por tremores, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão de movimentos), além de desequilíbrio e alterações na fala e escrita.
As causas da Doença de Parkinson ainda são desconhecidas. Ela afeta a comunicação entre o cérebro e os músculos devido a deterioração das células produtoras de dopamina. A dopamina é um importante neurotransmissor e a perda dos neurônios que a produzem afetará diretamente o controle dos movimentos e do equilíbrio.
Ainda não há uma cura estabelecida para a doença, mas a ciência já avançou bastante em diversos tratamentos e terapias multidisciplinares que têm auxiliado a combater o sintomas e retardar a progressão da doença, recuperando a qualidade de vida para o paciente e também para seus familiares, que muitas vezes se tornam os cuidadores principais. Fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional são alguns dos exemplos de programas terapêuticos que auxiliam na reabilitação deste paciente.
O diagnóstico da Doença de Parkinson é um momento muito delicado para o paciente e quem convive com ele por perto. Ser diagnosticado pode gerar sentimentos de medo, preocupação, indignação e outros. É muito comum que pacientes e familiares fiquem sem saber o que fazer. Por isso, iniciativas como o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson tem papel fundamental em elucidar essas questões e levar mais informação para que este paciente e sua família encarem esta jornada com dignidade, mantendo sua saúde e qualidade de vida.
O Movimento ParkinsON surgiu também com este propósito. Aqui, aproximamos e conectamos todas as pontas relacionadas à Doença de Parkinson, trazendo informação para pacientes, médicos, familiares e rede de apoio.
É importante que todos saibam que a caminhada pode ser longa, mas a informação é o primeiro passo e que ninguém está sozinho.
Referências:
- MAGALHÃES, A. B. Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/dia-mundial-de-conscientizacao-da-doenca-de-parkinson/ Acesso em: 30 de março de 2022
- APDA. PARKINSON’S DISEASE, American Parkinson Disease Association, disponível em https://www.apdaparkinson.org/what-is-parkinsons/ Acesso em: 30 de março de 2022
- VARELLA, Dráuzio. Doença de Parkinson. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-parkinson/ Acesso em: 30 de março de 2022
- BERRIOS, German E. Introdução À Paralisia Agitante. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2016. Disponível em https://doi.org/10.1590/1415-4714.2016v19n1p114.9 Acessado em 30 de março de 2022
- R. Balestrino, A. H. V. Schapira. Parkinson Disease European Journal of Neurology, 2019. Disponível em https://doi.org/10.1111/ene.14108 Acessado em 30 de março de 2022
Por: Movimento
Parkinson